terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Cubismo


Aluna: Tainá Jungmann
Série: 3º F Vespertino
Professora: Maria Wilma
Dinamizadora: Luzia Keller


O movimento cubista começou em 1907 e terminou em 1914, apesar de ter persistido ainda quando os artistas envolvidos abandonaram-no. Seus principais focos de resistência foram as artes decorativas e arquitetura do século XX. Apesar de ser considerado um ato de percepção individual, o movimento possuía coerência. Era inspirado na arte africana (sua “racionalidade“) e no princípio de “realização do motivo“ de Cézanne. A geometrização das figuras resultam numa arte intuitiva e abstrata, derivada da “experiência visual “. Baseia-se essencialmente na luz e na sombra. Rompe com o conceito de arte como imitação da natureza (que vinha desde a Renascença), bem como com as noções da pintura tradicional, como a perspectiva. Pablo Picasso definiu-a como “uma arte que trata primordialmente de formas, e quando uma forma é realizada, ela aí está para viver sua própria vida“. Apesar da identificação imediata do cubismo às figuras de Pablo Picasso e Georges Braque, vários outros artistas deram grandes contribuições individuais ao movimento. Entre eles, destacam-se, Guillaume Apollinaire, Fernand Léger , Max Jacob, Robert Delaunay , Picabia, Gertrude e Leo Stein, Jean Metzinger, Albert Gleizes, Juan Gris e os irmãos Jacques Villon, Duchamp -Villon e Marcel Duchamp, entre outros. O mexicano Diego Rivera (1886 - 1957) e o holandês Piet Mondrian (1872 - 1944) também tiveram contato com o movimento. Entretanto, devido ao enorme número de artistas que aderiram ao estilo, havia grandes diferenças pessoais estilísticas. “Casas e Árvores“, de Georges Braque, com suas formas geométricas e perspectiva própria, pode ser considerada a obra de origem do movimento. O cubismo costuma ser dividido em fase analítica - desenvolvida por Picasso e Braque entre 1909 e 1912 - e fase sintética (a partir de 1912). Entretanto, esses termos não são considerados adequados, uma vez que tentam, baseados em conceitos falhos, estabelecer grandes diferenças estéticas dentro de um estilo em processo de definição e evolução. “O Jogador de Cartas“ e “Retrato de Ambroise Vollard“ de Pablo Picasso; “Moça com Guitarra“ e “Cabeça de Moça“, de Georges Braque; “Paisagem“, de Jean Metzinger; “Garrafa e Copo“, de Juan Gris; “Cidade“ e “Soldado com Cachimbo“, de Fernand Léger e “Janela“, de Robert Delaunay, podem ser considerados bom exemplos dos diferentes estilos presentes no movimento. A escultura cubista, cujos principais nomes formam Brancusi, Gonzalez, Archipenko, Lipchitz, Duchamp-Villon e Henri Laurens, desenvolveu-se separadamente da pintura, apesar do intercâmbio inicial de idéias-chave. Entre os escultores, Duchamp-Villon, merece ser citado. É considerado um dos primeiros escultores cubistas e realizou uma tentativa de conceituação da escultura cubista, relacionando-a à arquitetura. A peça em bronze “O Cavalo“, com seu efeito dinâmico, é um bom exemplo de sua obra. O fim do movimento cubista (mas não o término de sua influência sobre a arte, tampouco o fim do próprio cubismo), deve-se à eclosão da Primeira Guerra Mundial, em agosto de 1914, com o recrutamento de boa parte dos artistas do movimento. Por suas características abstratas, foi bastante adaptável, inspirando movimentos como o futurismo, o orfismo, o purismo e o vorticismo.

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