segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Carolus Linnaeus

alunas; roberta cristina silva e mykaella fernanda porto avela
professora; flavia meiry_biologia
Dinamizadora: Luzia Keller
série; 2º ano H - Vespertino

Carolus Linnaeus


Lineu é conhecido na Suécia pelo nome Carl von Linné e em inglês por Carl Linnaeus. O seu nome totalmente latinizado, Carolus Linnaeus, foi-lhe atribuído após nobilitação em 1757, devido ao seu estatuto académico, é é traduzido para português como Carlos Lineu. Sem esse estatuto, Lineu ter-se-ia chamado Carl Nilsson ("filho de Nils"). Na literatura científica, é utilizada a abreviatura "L." para identificar Lineu como o autor da descrição de determinado táxon.
Numa competição, Lineu identificou-se como "Carl Nelin", um criptónimo de "Carl Nilsson/Linné". Ao longo dos tempos, Lineu recebeu diversas alcunhas, como "Princeps botanicorum" ("o príncipe dos botânicos"), "o segundo Adão" ou "o Plínio do Norte.”

Existem cerca de duzentos descendentes de Lineu, mas nenhum com o nome "von Linné" por descenderem apenas de duas filhas (Carl von Linné filho não teve descendentes).
O género botânico Linnaea foi nomeado em homenagem a Lineu por Johan Frederik Gronovius.
Lineu era o mais velho de cinco irmãos (três raparigas e um rapaz, Samuel) e o seu pai, Nils, era o vigário de Stenbrohult, em Småland. Quando criança, Lineu foi criado para ser da Igreja, como seu pai e seu avô materno haviam sido, mas ele tinha muito pouco entusiasmo pela profissão. Nils passou, no entanto, o seu interesse em plantas para o seu filho.

Taxonomia de Lineu

Lineu foi um botânico, zoólogo e médico sueco, criador da nomenclatura binomial e da classificação científica, sendo assim considerado o "pai da taxonomia moderna". Foi um dos fundadores da Academia Real das Ciências da Suécia. Lineu também foi instrumental no desenvolvimento da escala Celsius (então chamada centígrada) de temperatura, invertendo a escala que Anders Celsius havia proposto, que tinha 0° como ponto de ebulição da água e 100° como o ponto de fusão.
Lineu era o botânico mais reconhecido da sua época, sendo também conhecido pelos seus dotes literários. O
filósofo francês Jean-Jacques Rousseau enviou-lhe a mensagem: "Diga-lhe que não conheço maior homem no mundo."; o escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe escreveu: "Além de Shakespeare e Spinoza, não conheço ninguém entre os que já não se encontram entre nós que me tenha influenciado mais".O autor sueco August Strindberg escreveu: "Lineu era na realidade um poeta que por acaso se tornou um naturalista".
É ainda o
cientista da área das ciências naturais mais famoso da Suécia e a sua figura pode ser encontrada nas actuais notas suecas de cem kronor.

Primeiros estudos

Em 1714,Lineu foi estudar para a escola primária em Växjö e passou para o ensino secundário em 1724. Os seus resultados escolares eram insuficientes para prosseguir estudos clérigos; no entanto, seu interesse em Botânica impressionou um médico de sua cidade, Johan Rothman, e Lineu foi então mandado para estudar Medicina na Universidade de Lund em 1727.Em Lund, instalou-se na casa do médico Kilian Stobaeus, de quem adquiriu conhecimentos em Medicina e ciências naturais.
Transferiu-se para a Universidade de Uppsala um ano depois. A sua estadia em Uppsala foi economicamente viável graças à intervenção do clérigo Olof Celsius (tio do cientista Anders Celsius), que o apresentou a Olof Rudbeck filho, professor de medicina na universidade; este acolheu Lineu na sua casa. Lineu tomou conhecimento também com o professor de medicina Lars Roberg.
Lineu passou os sete anos seguintes em Uppsala, interrompendo a estadia apenas para as suas viagens à Lapónia (1732) e Dalarna (1734).Durante este tempo, tomou contacto com uma obra de Sebastien Vaillant, Sermo de Structura Florum (Leiden, 1718), após o qual se convenceu que os estames e pistilos das flores seriam as bases para a classificação das plantas e ele escreveu um curto estudo sobre o assunto que lhe rendeu a posição de professor adjunto. Começou então a leccionar em 1730.

Viagens na Europa

Lineu se mudou para os Países Baixos, em 1735, de modo a obter a qualificação necessária para a obtenção do grau de doutor. Era usual a ida de suecos para os Países Baixos desde meados do século XVII para obter doutoramentos, devido à influência cultural deste país na Suécia dessa época. Após apenas alguns dias na pequena universidade de Harderwijk, obteve o grau de doutor em medicina, com um trabalho sobre a malária. Conheceu Jan Frederick Gronovius e mostrou-lhe o rascunho de seu trabalho em Taxonomia, o "Systema Naturae". Nele, as desajeitadas descrições usadas anteriormente - physalis amno ramosissime ramis angulosis glabris foliis dentoserratis - haviam sido substituídas pelos concisos e hoje familiares nomes "Gênero-espécie" - Physalis angulata - e níveis superiores eram construídos de uma maneira simples e ordenada. Embora esse sistema, nomenclatura binomial, tenha sido criado pelos irmãos Johann e Gaspard Bauhin, Lineu é afamado por tê-lo popularizado.
Lineu permaneceu nos
Países Baixos durante um ano, tendo ido então a Londres em 1736. Visitou a Universidade de Oxford e conheceu diversas personalidades da comunidade científica, como o médico Hans Sloane e os botânicos Philip Miller e Johann Jacob Dillenius. Após alguns meses, Lineu voltou a Amsterdão, onde continuou a impressão do seu livro Genera Plantarum, o ponto de partida para o seu sistema de taxonomia.

Obras

Lineu escreveu as suas principais obras científicas em latim, mas os seus diários de viagem e cartas em sueco são considerados os seus melhores trabalhos do ponto de vista literário.Entre estes encontram-se os relatórios das viagens a Öland e Gotland (Öländska och Gothländska resor, 1745), a Västergötland (Wästgöta Resa, 1747) e à Escânia (Skånska resa, 1751).


Lineu enviou estudantes seus a diversos locais no mundo, incluíndo as Índias Orientais, China, Japão e Ártico; os jovens enviaram descrições de espécies animais e vegetais, além de amostras de espécimens, de volta. Alguns desses enviados não voltaram, tendo falecido de doenças ou em assaltos em zonas problemáticas, e sofrido problemas mentais e físicos que impossibilitaram o seu regresso à Suécia.No entanto, muitos dos relatórios chegaram a Lineu e este construíu e expandiu as suas principais obras científicas também com base nesses resolveu escrever mais e no total, Lineu escreveu mais de setenta livros e trezentos artigos científicos.Algumas das suas obras científicas mais relevantes são:



Systema naturae (1735)
Fundamenta botanica (1736)
Flora lapponica (1737)
Genera plantarum (1735-1737)
Hortus Cliffortianus (1737)
Flora Suecica (1745)
Fauna Suecica (1746)
Philosophia botanica (1751)
Species plantarum (1753)
Clavis medicinae duplex (1766)


Mundus invisibilis (1767)



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